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Parmênides de Eleia

segunda-feira, 19 de março de 2012

CENTRO SUL SRGIPANO EM DESTAQUE!

Parménides de Eleia (em grego Παρμενίδης ὁ Ἐλεάτης) foi um filósofo grego. Nasceu entre 530 a.C. e 515 a.C. na cidade de Eleia,colónia grega do sul da Magna Grécia (Itália), cidade que lhe deveu também a sua legislação. Segundo Estrabão, foi graças à influência dos filósofos Parménides e Zenão de Eleia que a cidade foi bem governada, e o bom governo garantiu seu sucesso contra os Leucani e os Poseidoniatae, mesmo tendo Eleia território e população menores. Foi um dos representantes da escola eleática juntamente com Xenófanes, Zenão de Eleia e Melisso de Samos.

Parménides escreveu uma só obra, um poema em verso épico, do qual foram preservados fragmentos em citações de outros autores. Os especialistas consideram que a integridade do que conservamos é consideravelmente maior em comparação com o que foi preservado das obras de quase todos os restantes filósofos pré-socráticos, e por isso a sua doutrina pode ser reconstruída com maior precisão.
Apresenta o seu pensamento como uma revelação divina dividida em duas partes:
  • A via da verdade, onde se ocupa «do que é» ou «ente», e expõe vários argumentos que demonstram seus atributos: é estranho à geração e corrupção e portanto é inegendrado (incriado) e indestrutível, e é o único que verdadeiramente existe — com o que nega a existência do nada — é homogéneo, imóvel e perfeito.
  • A via das opiniões dos mortais, onde trata de assuntos como a constituição e localização dos astros, diversos fenómenos meteorológicos e geográficos, e a origem do homem, construindo uma doutrina cosmológica completa.
Enquanto que a via da opinião se assemelha às especulações físicas dos pensadores anteriores, como os milésios e os pitagóricos, a via da verdade contém uma reflexão completamente nova que modifica radicalmente o curso da filosofía antiga: considera-se que Zenão de Eleia e Melisso de Samos aceitaram as suas premissas e continuaram o seu pensamento. Os físicos posteriores, como Empédocles, Anaxágoras e os atomistas, procuraram alternativas para superar a crise a que tinham sido atirado o conhecimento do sensível. Também a sofística de Górgias acusa uma enorme influência de Parménides, na sua forma argumentativa.

Tanto a doutrina platónica das formas como a metafísica aristotélica guardam uma dívida incalculável em relação à via da verdade de Parménides. É por esta razão que muitos filósofos e filólogos consideram que Parménides é o fundador da metafísica ocidental.
 

 Biografia

 Procedência

Parménides nasceu em Eleia, situada na Magna Grécia. Diógenes Laércio diz que o seu pai foi Pires e que pertenceu a uma família rica e nobre. Também é Laércio quem transmite duas fontes divergentes no que se refere ao mestre do filósofo. Uma, dependente de Sócion, assinala que primeiro foi aluno de Xenófanes mas que não o seguiu, tendo depois se associado com um pitagórico, Amínias, que preferiu como mestre. Outra tradição, dependente de Teofrasto, indica que foi discípulo de Anaximandro.

 Datação

Hipótese sobre o ano de nascimento de Parménides e data de composição do seu poema.
Tudo o relativo à datação acerca de Parménides — a data do seu nascimento, da sua morte, assim como a época de sua actividade filosófica — está envolta em irremediável obscuridade; os estudiosos baralham conjecturas a partir de dados de duvidosa veracidade relativos à data de nascimento e floruit do filósofo, sem que pareça ser possível estabelecer data firme para além de aproximações.

 Data de nascimento
Todas as conjecturas sobre a data de nascimento de Parménides baseiam-se em duas fontes antigas. Uma procede de Apolodoro, transmitida por Diógenes Laércio: esta fonte marca a 69ª Olimpíada (entre 504 a.C. e 500 a.C.) como o momento de maturidade do filósofo, situando o seu nascimento 40 anos antes (544 a.C.540 a.C.). A outra é Platão, no seu diálogo Parménides. Nesse diálogo, Platão compõe uma situação em que Parménides, de 65 anos, e Zenón, de 40 anos, viajam até Atenas para assistir às Grandes Panateneias. Conhecem então, nessa ocasião, Sócrates, que era ainda muito jovem segundo o texto platónico.

Obra

Desde a antiguidade que se considera que Parménides escreveu uma só obra,[ intitulada Sobre a natureza. É um poema didáctico escrito en hexâmetros. A língua em que foi escrito deriva da expressão épica, utilizada no dialecto homérico.

 Datação

O verso 24 do fragmento 1 contém una palavra que serviu de início a especulações sobre a datação da composição do poema. Nesse verso, a deusa fala ao destinatário da mensagem, presumivelmente o próprio Parménides, chamando-lhe κοῦρε (koûre, «jovem»). Pensou-se que esta palavra faz referência a um homem com idade inferior a trinta anos e, tendo em conta a sua data de nacimiento, podemos colocar a criação do poema entre 490 a.C. e 475 a.C.] Mas objectou-se que a palavra deve ser entendida no seu contexto religioso: indica a relação de superioridade da deusa em relação ao homem que recebe a revelação.Guthrie apoia esta ideia, sustentando-a com uma citação (Aristófanes, Aves 977) na qual o vocábulo justamente assinala não a idade de um homem (que não é um jovem), mas a sua situação em relação ao intérprete de oráculos por qual está a ser interpelado. A sua conclusão é que é impossível dizer em que idade Parménides escreveu o poema. Eggers Lan, para além de citar outro uso de κοῦρε (Homero, Il. VI, 59) onde a palavra pode aludir não a um homem de trinta anos mas a um adolescente, assinala que o menos provável é que o poema tenha sido composto inmediatamente depois da experiência religiosa que relata.

Transmissão textual

O poema de Parménides, como obra completa, considera-se perdido de maneira irremediável. A partir da sua composição, foi copiado muitas vezes, mas a última referência à obra completa deriva de Simplício, no século VI: escreve que esta obra já se havia tornada rara naquela época (Física, 144 O que nos chega do poema são citações fragmentárias, presentes nas obras de diversos autores. Nisto Parménides não se diferencia da maioria dos filósofos pré-socráticos.


O primeiro que o cita é Platão, depois Aristóteles, Plutarco, Sexto Empírico e Simplício, entre outros. Por vezes um mesmo grupo de versos é citado por vários de estes autores, e com estes dados os especialistas podem determinar mais facilmente qual é a cópia que se assemelha mais ao original. Noutras ocasiões a situação é diferente, e a citação é única.[16] A reconstrução do texto, a partir da reunião de todas as citações existentes, começou en no Renascimento e culminou con a obra de Hermann Diels, Die Fragmente der Vorsokratiker, em 1903, que estabeleceu os textos da maioria dos filósofos anteriores a Platão.

Nesta obra figuram um total de 19 «fragmentos» presumivelmente originários de Parménides, dos quais 18 estão em grego e um consiste numa tradução rítmica em latim. Do poema foram conservados 160 versos. Segundo estimativas de Diels, estes versos representam cerca de nove décimos da primeira parte (a «via da verdade»), mais um décimo da segunda (a «via da opinião»). A obra de Diels foi reeditada e modificada por Walther Kranz em 1934. A edição teve tanta influência nos estudos que hoje se cita Parménides (assim como aos outros pré-socráticos) segundo a ordem dos autores e fragmentos desta. Parménides ocupa ali o capítulo 28, pelo que se citar com a abreviatura DK 28, adicionando depois o tipo de fragmento (A = comentários antigos sobre a vida e a doutrina; B = os fragmentos do poema original) e finalmente o número de fragmento (por exemplo, «DK 28 B 1»). Ainda que esta edição seja considerada canónica pelos filólogos, têm aparecido numerosas reedições que propuseram uma nova ordem dos fragmentos, e alguns especialistas, como Allan Hartley Coxon e Néstor Luis Cordero, realizaram comparações sobre os manuscritos onde se conservam algumas das citações, e colocaram em dúvida a fiabilidade da leitura e o estabelecimiento do texto de Diels.

 A forma de poema épico didáctico

Muito se tem escrito acerca da forma poética da sua escrita. Plutarco considerou que era apenas uma maneira de evitar a prosa] e criticou a sua versificação. Proclo disse que apesar de utilizar metáforas e alegorias, forçado pela forma poética, a sua escrita não deixa de ser mais parecido com prosa que com poesia. Simplício da Cilícia, ao qual devemos a conservação da maior parte do texto que chegou até aos nossos dias, tem uma visão semelhante: não há que se admirar da aparição de motivos míticos na sua escrita, devido à forma poética que utiliza.

Para Werner Jaeger, a escolha de Parménides pela forma de épico didático é uma inovação significativa. Ela envolve, em primeiro lugar, a rejeição da forma de prosa introduzida por Anaximandro. Por outra forma, significa um vínculo com a forma da Teogonia de Hesíodo. Mas o vínculo não afecta apenas a forma, mas também alguns elementos de conteúdo: na segunda parte do poema de Parménides (fragmentos B 12 e 13) aparece o Eros cosmogónico de Hesíodo (Teogonia 120) juntamente com um grande número de divindades alegóricas como a Guerra, a Discórdia, o Desejo, cuja origem na Teogonia não se pode colocar em dúvida. No entanto, há que notar que a colocação destes elementos cosmogónicos na segunda parte, dedicada ao mundo da aparência, também envolve a rejeição desta forma de entender o mundo, forma estranha à Verdade para Parménides.

Hesíodo apresentou o seu poema teogónico como uma revelação procedente de seres divinos. Tinha usado da invocação às musas, uma convenção épica, o relato de uma experiência pessoal de iniciação numa missão única, a de revelar a origem dos deuses. Parménides, no seu poema, apresenta seu pensamento sobre um Ente uno e imóvel como uma revelação divina, como para derrotar Hesíodo no seu próprio jogo.

 Conteúdo

Prefácio

O poema de Parménides começa com um prefácio de carácter simbólico de que existem 32 versos. Os primeros trinta versos foram conservados por Sexto Empírico, que os transmitiu na sua obra Adversus Mathematicos VII, 111ss. Por sua vez, Simplício da Cilícia transmite na sua obra de Caelo 557, 25ss, os versos 28 a 32. O prefácio figura como o primeiro fragmento na recompilação de Diels (DK 28 B 1).

No prefácio, Parménides descreve a viajem que faz «o homem que sabe»: um viajem de carro, puxado por um par de éguas, e impulsionado pelas Helíades (versos 1–10). O caminho por qual é conduzido, distante do caminho usual dos mortais, é a via da noite e a via do dia, caminho que é interrompido por um enorme portal de pedra, cuja guardiã é Dice (deusa da justiça). As filhas do sol persuadem-na, e esta abre a porta para que passe o carro (vv. 11–21). O narrador é recebido por uma deusa, cujo discurso, que começa no verso 24, é o conteúdo do resto do poema. Esta lhe indica, em primeiro lugar, que não foi enviado por um destino funesto, mas pela lei e pela justiça (vv. 26–28). À luz disto, segue, é necessário que conheça todas as coisas, tanto "o coração inabalável da verdade persuasiva" como "as opiniões dos mortais", porque, apesar de que nestas «não existe convicção verdadera», no entanto gozaram de prestígio (vv. 28–32).

 As vias da indagação

Proclo conserva, em Timeu I 345, 18–20, dois versos do poema de Parménides, que junto com seis versos trasmitidos por Simplício da Cilícia, em Física, 116, 28–32–117, 1, formam o fragmento 2 (28 B 2). Aí, a deusa fala de duas «vias de indagação que se podem pensar». A primeira é expressa da seguinte maneira: «que é, e também, não pode ser que não seja» (v. 3); a segunda: «que não é, e também, é preciso que não seja» (v. 5). A primeira via é a «da persuasão», que «acompanha a verdade» (v. 4), enquanto que a segunda é «completamente inescrutável» ou «impraticável», visto que «o que não é» não se pode conhecer nem expressar (vv. 6–8).

Um fragmento (B 3) conservado por Plotino, Enéada V, 1, 8, faz referência a este último: o que tem que ser pensado é o mismo que tem que ser.

O Pensamento de Parmênides

Seu pensamento está exposto num poema filosófico intitulado Sobre a Natureza e sua permanência, dividido em duas partes distintas: uma que trata do caminho da verdade (alétheia) e outra que trata do caminho da opinião (dóxa), ou seja, daquilo onde não há nenhuma certeza. De modo simplificado, a doutrina de Parmênides sustenta o seguinte:
  • Unidade e a imobilidade do Ser;
  • O mundo sensível é uma ilusão;
  • O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável.
  • Não se confia no que vê.
Devido a essas , alguns veem no poema de Parmênides o próprio surgimento da ontologia. Ao mesmo tempo, o pensamento de Parmênides é tradicionalmente visto como o oposto ao de Heráclito de Éfeso.
Para alguns estudiosos, Parmênides fundou a metafísica ocidental com sua distinção entre o Ser e o Não-Ser. Enquanto Heráclito ensinava que tudo está em perpétua mutação, Parmênides desenvolvia um pensamento completamente antagônico: “Toda a mutação é ilusória”.

Parmênides vai então afirmar toda a unidade e imobilidade do Ser. Fixando sua investigação na pergunta: “o que é”, ele tenta vislumbrar aquilo que está por detrás das aparências e das transformações.

Assim, ele dizia: “Vamos e dir-te-ei – e tu escutas e levas as minhas palavras. Os únicos caminhos da investigação em que se pode pensar: um, o caminho que é e não pode não ser, é a via da Persuasão, pois acompanha a Verdade; o outro, que não é e é forçoso que não seja, esse digo-te, é um caminho totalmente impensável. Pois não poderás conhecer o que não é, nem declará-lo.”

Numa interpretação mais aprofundada dos fragmentos de Heráclito e Parmênides, podemos achar um mesmo todo para os dois e esta oposição entre suas visões do todo passa a ser cada vez menor.
Parmênides comparava as qualidades umas com as outras e as ordenava em duas classes distintas. Por exemplo, comparou a luz e a escuridão, e para ele essa segunda qualidade nada mais era do que a negação da primeira.

Diferenciava qualidades positivas e negativas e, esforçava-se em encontrar essa oposição fundamental em toda a Natureza. Tomava outros opostos: leve-pesado, ativo-passivo, quente-frio, masculino-feminino, fogo-terra, vida-morte, e aplicava a mesma comparação do modelo luz-escuridão; o que corresponde à luz era a qualidade positiva e o que corresponde à escuridão, a qualidade negativa. O pesado era apenas uma negação do leve. O frio era uma negação do quente. O passivo uma negação ao ativo, o feminino uma negação do masculino e, cada um apenas como negação do outro.
Por fim, nosso mundo dividia-se em duas esferas: aquela das qualidades positivas (luz, quente, ativo, masculino, fogo, vida) e aquela das qualidade negativas (escuridão, frio, passivo, feminino, terra, morte). A esfera negativa era apenas uma negação da esfera positiva, isto é, a esfera negativa não continha as propriedades que existiam na esfera positiva.

Ao invés das expressões “positiva” e “negativa”, Parmênides usa os termos metafísicos de “ser” e “não-ser”. O não-ser era apenas uma negação do ser. Mas ser e não-ser são imutáveis e imóveis. No seu livro: Metafísica, Aristóteles expõe esse pensamento de Parmênides: “Julgando que fora do ser o não-ser é nada, forçosamente admite que só uma coisa é, a saber, o ser, e nenhuma outra... Mas, constrangido a seguir o real, admitindo ao mesmo tempo a unidade formal e a pluralidade sensível, estabelece duas causas e dois princípios: quente e frio, vale dizer, Fogo e Terra. Destes (dois princípios) ele ordena um (o quente) ao ser, o outro ao não-ser.”

O Vir-a-Ser

Quanto às mudanças e transformações físicas, o Vir-a-Ser, que a todo instante vemos ocorrer no mundo, Parmênides as explicava como sendo apenas uma mistura participativa de ser e não-ser. “Ao vir-a-ser é necessário tanto o ser quanto o não-ser. Se eles agem conjuntamente, então resulta um vir-a-ser”.

Um desejo era o fator que impelia os elementos de qualidades opostas a se unirem, e o resultado disso é um vir-a-ser. Quando o desejo está satisfeito, o ódio e o conflito interno impulsionam novamente o ser e o não-ser à separação.

Parmênides chega então à conclusão de que toda mudança é ilusória. Só o que existe realmente é o ser e o não-ser. O vir-a-ser é apenas uma ilusão sensível. Isto quer dizer que todas as percepções de nossos sentidos apenas criam ilusões, nas quais temos a tendência de pensar que o não-ser é, e que o vir-a-ser.

  O Ser-Absoluto

Toda nossa realidade é imutável, estática, e sua essência está incorporada na individualidade divina do Ser-Absoluto, o qual permeia todo o Universo. Esse Ser é onipresente, já que qualquer descontinuidade em sua presença seria equivalente à existência de seu oposto – o Não-Ser.
Esse Ser não pode ter sido criado por algo pois isso implicaria em admitir a existência de um outro Ser. Do mesmo modo, esse Ser não pode ter sido criado do nada, pois isso implicaria a existência do “Não-Ser”. Portanto, o Ser simplesmente é.

Simplício da Cilícia, em seu livro Física, assim nos explica sobre a natureza desse Ser-Absoluto de Parmênides: “Como poderia ser gerado? E como poderia perecer depois disso? Assim a geração se extingue e a destruição é impensável. Também não é divisível, pois que é homogêneo, nem é mais aqui e menos além, o que lhe impediria a coesão, mas tudo está cheio do que é. Por isso, é todo contínuo; pois o que é adere intimamente ao que é. Mas, imobilizado nos limites de cadeias potentes, é sem princípio ou fim, uma vez que a geração e a destruição foram afastadas, repelidas pela convicção verdadeira. É o mesmo, que permanece no mesmo e em si repousa, ficando assim firme no seu lugar. Pois a forte Necessidade o retém nos liames dos limites que de cada lado o encerra, porque não é lícito ao que é ser ilimitado; pois de nada necessita – se assim não fosse, de tudo careceria. Mas uma vez que tem um limite extremo, está completo de todos os lados; à maneira da massa de uma esfera bem rotunda, em equilíbrio a partir do centro, em todas as direções; pois não pode ser algo mais aqui e algo menos ali.”

O Ser-Absoluto não pode vir-a-ser. E não podem existir vários “Seres-Absolutos”, pois para separá-los precisaria haver algo que não fosse um Ser. Consequentemente, existe apenas a Unidade eterna.
Teofrasto relata assim esse raciocínio de Parmênides: “O que está fora do Ser não é Ser; o Não-Ser é nada; o Ser, portanto, é.


FONTE:http://pt.wikipedia.org/wiki/Parm%C3%AAnides_de_Eleia
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terça-feira, 13 de março de 2012

CENTRO SUL SRGIPANO EM DESTAQUE!

AS INSCRIÇÕES PARA O EXAME SUPLETIVO SERÃO REALIZADAS DE 19 A 30 DE MARÇO DE 2012, DAS 8H ÀS 16H NA DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO- DRE'02, SITUADA NA AVENIDA FRANCISCO GARCEZ, Nº150, NA CIDADE DE LAGARTO.

INTERESSADOS DEVEM COMPARECER MUNIDOS DE CATEIRA DE IDENTIDADE ORIGINAL.

DIMAS RABELO SANTOS
DIRETOR REGIONAL-DRE'02
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sábado, 29 de outubro de 2011

segurando o tempo...
segurando o tempo...
O título deste post pode parecer estranho à princípio, mas diz respeito a um dos documentários mais interessantes que vi nos últimos tempos. É o título de um documentário que fala sobre o tempo. O físico de partículas, prof. Brian Cox é quem nos apresenta os mistérios das horas que passam.. supondo que o tempo realmente exista, é claro. Ou que exista como nós o pensamos, é claro. Não vou mentir, o documentário termina com um ponto de interrogação maior do que o que iniciou. O prof. Brian nos fala da obsessão humana pelo tempo, partindo lá das mais antigas civilizações, com especial atenção aos Maias, chegando até os dias de hoje, com cientistas e laboratórios do mundo todo unidos para entender o que é o tempo.
Com Brian descobrimos que um dia nunca tem precisamente 24 horas. Que o nosso planeta está desacelerando, e que há 600 milhões de anos atrás, por exemplo, um dia inteiro tinha menos de 22 horas. E tudo vai ficando cada vez mais estranho conforme o professor nos guia pelas principais teorias físicas sobre o tempo, e chega ao ponto de dizer que o tempo não passa de uma ilusão…
Da introdução do documentário:
Há um aspecto em nossas vidas que todos admitimos como certo. É algo tão familiar, habitualmente não pensamos nisso duas vezes.
Um dos fatores chaves de ser um ser humano é que podemos dizer o tempo. Nos permite tirar sentido do mundo: passado, presente, futuro. Mas não é nem de perto franco e direto como você pode pensar.
Nós temos maneiras de medir o passar do tempo, mas não sabemos o que acontece quando o tempo passa. Eu nem posso dizê-lo no momento o que o momento significa. Mesmo momentaneamente.
Saber o tempo não é fácil.
- “Estou bem certo de que a fluidez do tempo é no final das contas uma ilusão…”
- “Não há um grande relógio no céu que pulsa na mesma taxa para todos, não importa aonde estão ou o que estão fazendo.”
O tempo teve um começo?
Por que o tempo pulsa?
E o nosso futuro já existe?
Eu tentarei responder uma das mais simples perguntas que você pode fazer: “Que horas são?”
O documentário está dividido em 6 partes:
Parte 1:
Parte 2:
Parte 3:
Parte 4:
Parte 5:
Parte 6:

Você realmente sabe que horas são?

Os Mistérios Inexplicáveis do Universo

Quem nunca parou para pensar quando e como tudo o que conhecemos começou? Até o momento, todas as teorias levantadas para explicar o nascimento do Universo (da vida então nem se fala) provocam mais perguntas do que as respondem.
Depois  que a Física Quântica nos mostrou que somos todos 99,9999% feitos de luz, que os átomos que nos compõem já foram de estrelas (sim, é como diz aquela música do Moby: “We are all made of stars” – nós somos todos feitos de estrelas), agora nos resta saber como tudo isso foi possível, e como aconteceu.
Neste excelente documentário do canal History Channel, estudiosos e pesquisadores tentam responder as questões que mais intrigam a ciência sobre o universo:
No começo eram as trevas… e então: BANG! Nasceu um sistema que se expande infinitamente, feito de tempo, espaço e matéria.
Agora vá mais longe do que jamais imaginou: além dos limites de nossa existência, em um lugar chamado O Universo.
O sol teria uma companheira mortal que ameaça a vida em nosso planeta?
É possível viajar no tempo? – É uma das maiores questões.
Para onde foi a Anti-Matéria? – A mente busca explicações.
Como a água em Marte desapareceu?
E o que havia antes do Big Bang?  – Esse é o maior mistério de toda a Ciência.
O documentário está dividido em 5 partes:
Parte 1:
Parte 2:
Parte 3:
Parte 4:
Parte 5:
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O processo do Conhecer

Um casal de namorados estava viajando com outros em um ônibus, através de uma pitoresca região montanhosa. Quando observam um hotel num local adorável, os dois decidem parar o ônibus e descer. Na estrada, alguns minutos depois, uma rocha enorme despenca e destroi o ônibus, matando instantaneamente todos que estavam nele. Ao ver isso, o casal exclamou “Quisera nós ainda estarmos nesse ônibus!”
Porque eles desejaram isso?

O processo do Conhecer

O Homo Sapiens possui três cérebros, que evoluíram mais ou menos independentemente: cada desenvolvimento biológico foi também um maior avanço tecnológico. O primeiro cérebro, o cérebro reptiliano, é o local da inteligência comportamental. O segundo, o cérebro mamífero, é o local da inteligência emocional. O terceiro, o neocórtex, é o cérebro racional. Eles operam dois sistemas neurofisiológicos em contraponto: um sistema de autopreservação e um sistema de preservação da espécie. Porque a rede de comunicações entre estes três cérebros é altamente sofisticada, nós experimentamos a nós mesmos como uma única identidade.
O filósofo e físico americano Thomas Kuhn propôs que um paradigma interno interpreta toda a informação que chega ao cérebro através dos sentidos, enquadrando a nossa percepção, pensamento e comportamento. Joseph LeDoux, um neurocientista do Center for Neural Science (Centro para Ciência Neural) da Universidade de Nova York mostrou como a arquitetura do cérebro dá ao cérebro emocional, ou cérebro mamífero, o poder de assaltar o nosso cérebro racional, ou neocórtex, através da amígdala. Consequentemente, nós não podemos pensar um pensamento ou considerar uma nova informação no neocórtex se esta é estranha à programação do cérebro mamífero, que é determinado pelo nosso paradigma interno.
Em minha análise, um paradigma interno consiste de três mitos arquetípicos:
1. O Mito da Criação – enquadramento da realidade, que aborda a questão, Onde Estou?
2. O Mito da Origem – enquadramento do pertencer, que aborda a questão, O que Sou Eu?
3. Os Mitos do herói  – de identidade e individualidade, que aborda a questão, Quem Sou Eu?
Nós vemos o mundo através desses mitos. Coletivamente, eles formam o núcleo de uma identidade cultural.
Onde? O que? Quem? As nossas respostas a essas três questões arquetípicas criam caminhos neurais únicos no cérebro que enquadram as construções da realidade  através das quais nós interpretamos informações. Nós selecionamos do mundo constantemente as informações que melhor se encaixam nas nossas respostas e apagamos as informações estranhas aos nossos mitos, não importando quão válida seja a informação. Como resultado, o que pode ser perfeitamente óbvio para uma pessoa será totalmente imperceptível para alguém com um conjunto diferente de mitos. Com efeito, esses mitos programam o cérebro, moldando caminhos neurais únicos que agem como filtros nas experiências. Os cérebros humanos são fisiologicamente incapazes de  processar informações estranhas aos mitos que os programaram.
Isto possui implicações para o desenvolvimento científico. A menos que haja garantias para combater este fenômeno, os dados que são válidos dentro de um novo conjunto de mitos, mas que são anomalias em pelo menos um dos mitos atuais, serão descartados. Daí, a observação lacônica  de Max Planck, “A ciência avança funeral por funeral.
Os seguintes pontos sobre esses três mitos também devem ser observados:
  • Eles não estão abertos à avaliação racional, porque estão fora do alcance do nosso intelecto.
  • Eles atuam no cérebro mamífero como um programa de computador sequestrando qualquer informação que não se encaixe. De fato, para o nosso neocórtex, informações estranhas não existem.
  • Tal sequestro pode tomar a forma de negros sob o apartheid, os direitos de LGBT para a direita religiosa, ou medicina alternativa para  pesquisadores biomédicos fundamentalistas.
  • Eles formam o fundamento subjetivo de qualquer sistema de conhecimento, incluindo a Ciência Ocidental.
Eu chamo esses três mitos de imperativo noético. Por que “noético”? Porque o que estou falando envolve todos os nossos três cérebros, assim como o nosso acesso ao que Teilhard de Chardin descreveu como noosfera – a esfera de cognição acima e além da geosfera e da biosfera. A palavra “noético” (noetic) deriva do grego noos ou nous, que significa conhecimento interior ou consciência.
E porque “imperativo”?  Primeiramente porque estes três mitos enquadram o nosso comportamento, eles são a fonte suprema de toda ação. Em segundo lugar porque o resultado de sua influência faz paralelo ao “imperativo territorial” que Robert Ardrey mostrou governar o mundo animal. O estudo do comportamento animal mostrou que através do contraponto das necessidades de estimulação (acessadas através de desafio), segurança (conseguida através do pertencer a um grupo) e identidade (alcançada através da posição naquele grupo), o imperativo territorial integra o bem de um e o bem de todos para manifestar uma moralidade natural. No nível humano, essa integração é alcançada através de um equilíbrio dinâmico entre as necessidades de verdade, justiça, e amor. A moralidade real em que vivemos é o produto do enquadramento dado a essas três necessidades pelos três mitos em que acreditamos.

 A História da Programação Ocidental

O Imperativo Noético Medieval
O Mito Medieval da Criação:  Ptolomeu (150 d.C) apresentou uma criação geocêntrica com as estrelas e os planetas girando embutidos em esferas celestes. Imóvel de sua região ultraperiférica, o céu, foi a morada de Deus e todos os eleitos. O modelo de Ptolomeu do universo medieval era a resposta para a pergunta: Onde estou?
O Mito Medieval da Origem: Na realidade ptolomaica, os seres humanos eram anjos caídos a tentar encontrar o seu caminho de volta para o céu. Esta história de origem medieval explicou onde nós pertencemos e respondeu a pergunta, O que Sou?
O Mito Medieval do Herói: A vitória do herói estava em matar os dragões da tentação e do mal. O impulso que guiava o indivíduo era a luta entre a subida cansativa do caminho para o céu (o reto e estreito) e a descida do caminho para o inferno (irritantemente cheia de guloseimas maravilhosas como sexo, bebida, e riquezas). Esta foi a resposta para a pergunta: Quem sou eu? Definiu a identidade pessoal e o caminho para a busca da individualidade.
O Imperativo Noético Copernicano
O Mito da Criação de Ontem: O nosso mais recente mito de criação foi originalmente formulado por Copérnico, Galileu e Newton. A resposta para a pergunta “Onde Estou?” é um “uni-verso” físico que se estica ao infinito – sem céu nem inferno. Do mapa dos céus de Copérnico, telescópio de Galileu e as leis matemáticas de Newton, toda uma nova realidade passou a governar a percepção humana. O novo ícone para a criação foi o relógio - mecanicista, entrópico, e essencialmente sem sentido.
As novas ideias não triunfaram porque eram científicas; levou 150 anos para desenvolver a instrumentação que validou Galileu. Até ali, a razão estava do lado da Igreja Católica. Elas venceram porque permitiram que muitas pessoas da classe baixa fizessem fortunas, e que de outro modo teriam permanecido pobres. Por exemplo, de cada dez navios que saíam de Veneza, apenas um retornava.  As quotas em um navio de partida eram baratas, se ele retornasse, essas quotas baratas se tornavam uma fortuna. Mas com um telescópio, alguém poderia identificar um navio duas horas antes de alguém à olho nu. Se alguém comprasse as quotas antes das notícias de que um navio em retorno se tornassem públicas, esse alguém faria fortuna fácil. Telescópios foram inestimáveis. Por uma miríade de razões,  a visão de mundo “sem-céu/paraíso” de Copérnico venceu e se tornou a base do materialismo.
O Mito da Origem de Ontem: O nosso mais recente mito de origem veio a nós através de William Smith, Charles Darwin e Karl Marx. Em resposta à questão “O Que Sou?” , eles  nos deram uma nova história da humanidade, a qual tende a ficar truncada de espécies à raça à nação – tornando o nacionalismo tóxico, uma superstição secular.
Como ironicamente observado pelo autor best-seller Simon Winchester em seu livro The Map That Changed the World (O Mapa que Mudou o Mundo), William Smith, sendo um homem inculto, não estava ciente da “certeza” da igreja de que o mundo foi criado “às 9:00 da manhã, uma Segunda-feira, 23 de Outubro, 4.004 a.C”. Então a percepção de Smith estava livre para estender a história da criação da igreja de uns meros  quatro mil anos para milhões de anos, esticando os parâmetros da nossa busca pela origem da vida. Ao criar a ciência da geologia, Smith lançou as bases sobre as quais Darwin pudesse formular a teoria da evolução.
A Teoria da Evolução de Darwin é uma história da origem congruente com o universo regular. Mas é uma teoria de um tipo particular de evolução em que a humanidade é o “chefão” e a competição é o modo como chegamos a isso. “Sobrevivência dos mais aptos” é uma luta sangrenta e sem sentido pela sobrevivência e status de alfa. A teoria de Darwin é uma história  de crescimento aleatório governado por comportamento implacável, levando a uma indefinida, porém muito descrita, Utopia  – “um céu secular” ou “um céu-substituto”.
Karl Marx forneceu o clímax que toda boa história precisa. Na hierarquia anterior, a soberania estava com Deus, e várias classes de seres humanos seguiam abaixo. Na nova hierarquia, todos os humanos são primeira classe porque as classes inferiores, à la Darwin, são os animais, plantas e minerais. Nesta visão, o desenlace da grande história humana era alcançar uma sociedade sem classes. A Soberania se tornou secular.  No universo regular,  os blocos de construção são átomos sólidos, e não há paraíso/céu. Em uma sociedade, os blocos de construção são pessoas. Esta nova história da origem investiu a soberania “no povo”, dando origem a políticas seculares – comunismo, capitalismo, democracia, materialismo e socialismo. O que ninguém percebeu é que uma sociedade sem classes  não é natural, porque vai contra a ordem da natureza, que é conduzida na hierarquia.
O Mito do Herói de Ontem: O nosso mais recente mito do herói veio até nós pela psicologia, especificamente pela resposta de Freud à pergunta “Quem Sou?” A nova força conduzindo o indivíduo era o sexo. Através de suas posses e de seu poder sobre os outros, a classificação estava assegurada para o acesso ao sexo. O pináculo do status alfa masculino era de ser rico o suficiente e poderoso o suficiente para possuir mulheres, para aproveitar o sexo sem compromissos. A vitória do herói era uma vitória sobre as mulheres e, por tabela, a natureza. “Eu trago a vocês a Natureza e todos os seus filhos para colocá-la a seu serviço e torná-la sua escrava”, escreveu Roger Bacon em 1268.  O poder sobre todas as pessoas e a natureza – não o fortalecimento dos outros -, foi a medida da estatura masculina, e seus heróis contemporâneos são Rambo e James Bond.
No imperativo noético de ontem, o científico substituiu o imperativo noético medieval da “palavra de Deus” como a suprema validação, justificação e racionalização da existência humana. O absolutismo científico excluiu qualquer informação estranha ao seu imperativo noético associado, onde os seres humanos são peças sem classe, egoístas, de uma realidade mecânica/regular.

Mas aí a Física Quântica aconteceu!


 
 O Imperativo Noético Emergente?
O Mito da Criação de Amanhã: Como descrito por laureados Nobel como David Bohm, em Wholeness and the Implicate Order (Totalidade e a Ordem Implicada) e Michael Talbot em The Holographic Universe (O Universo Holográfico), a física quântica substitui o “uni-verso” com o “multi-verso”, ou universos paralelos. O contínuo espaço-tempo – universo que conhecemos – é apenas um conjunto de frequências, um canal de TV por assim dizer, que os humanos podem perceber. O olho humano pode decodificar frequências de aproximadamente 10 14 através de 10 15 ciclos por segundo. Mude isso para 10 34   através de 10 35   e um outro universo, outro canal de TV, é decodificado. A Física Quântica mudou a nossa imagem da criação tão radicalmente que ela muda tudo, tornando o imperativo noético Copernicano obsoleto.
O Mito da Origem de Amanhã:
  • A cooperação, não a competição, conduz a evolução. O que se manifesta em organismos unicelulares inventando organismos multicelulares e todas as complexas formas de vida que vemos se desenvolvendo através da evolução é um magnífico empreendimento cooperativo.
  • O “jogo  limpo”, no sentido da justiça, prevalece sobre o interesse próprio em todo o reino animal. A etologia mostra que o “jogo limpo” substitui o auto-interesse em toda a natureza – com macacos e até mesmo com cães.
  • Os seres humanos são um sistema de circuito aberto, não circuito fechado. Em seu livro, Social Intelligence (Inteligência Social), Daniel Goleman descreve o mecanismo de sistema aberto humano:
Estas células especializadas (neurônios espelho) permitem a formação de um link (conexão) funcional entre dois cérebros, um circuito de feedback que atravessa as barreiras da pele e do crânio entre os corpos. Em termos de sistemas, durante a conexão entre esses dois cérebros, com o output (o que se produz/envia) de um tornando-se o input (o que se recebe) que conduz o funcionamento do outro… formando o que equivale a um circuito intercerebral. Quando duas entidades estão conectadas em um circuito de feedback (“retroalimentação”), conforme a primeira muda, assim acontece com a segunda.
Isto significa que outras pessoas causam impacto em nossa fisiologia, e portanto em nossa saúde, e assim, por limitar-se ao individual, o atual modelo biomédico está obsoleto.
Campos invisíveis controlam o funcionamento e expressão da célula biológica. O biólogo de desenvolvimento Bruce Lipton escreveu que as trocas de proteína no controle da expressão genética são primariamente “ligadas” e “desligadas” pelo o que ele chama de “sinais ambientais”. Estes sinais incluem a identidade de alguém:
A célula se engaja no comportamento quando seu cérebro, a membrana, reage aos sinais ambientais. Na verdade, cada proteína funcional em nosso corpo é criada como uma imagem complementar de um sinal ambiental. Se uma proteína não tiver um sinal ambiental para se ligar, ela não irá funcionar… [Assim] todas as proteínas em nossos corpos são um complemento eletro/físico-magnético à alguma coisa no ambiente.
A pesquisa que Lipton escreveu sugere que nós, nossa identidade, existe independente do corpo, mantendo a promessa de que a identidade transcende a morte.
O Mito do Herói de Amanhã: No novo mito de identidade, a vitória do herói manifesta uma forma (um corpo) que consegue decodificar mais e mais do cosmo.  Teilhard de Chardin olhou para a evolução física do corpo como um resultado de um aperfeiçoamento em organização em um nível (função) invisível, psíquico. Ele chamava a esse processo de complexificação. A Etologia corrobora a hipótese de que a forma segue a função. E assim o é com o fenômeno da neuroplasticidade, que é a ciência de como o cérebro muda sua estrutura e função em resposta a um input. O desenvolvimento morfológico, então (morfologia é o estudo da forma), é o resultado de um organismo procurando maior função, e não o contrário.
O efeito Baldwin é o fenômeno na natureza em que mudanças na estrutura e funcionamento do corpo, ambientalmente induzidas ou por inputs aprendidos através da neuroplasticidade, tornam-se geneticamente codificadas e passadas de geração a geração. O caso de tais mutações evolucionárias positivas é ainda apoiado pelo seguinte:
  • Em seu ensaio “Did Meditating Make Us Human?” (Terá a Meditação nos Tornado Humanos?), Matt Rossano, um professor de psicologia da Universidade do Sudeste do Louisiana, sugeriu que a meditação criou as vias neurais que provocaram o surgimento do ser humano anatomicamente moderno – a nova e melhorada versão dos Neandertais. A hipótese dele é que a função cria a forma.
  • Em Vibrational Medicine (Medicina Vibracional), o médico Richard Gerber indica que a meditação aumenta a coerência, ou nível de organização, dos campos invisíveis que ativam a célula. Isto corrobora a noção de complexificação de Teilhard de Chardin.
  • Como a jornalista de ciência Lynne McTaggart descreve, a teoria do biofóton sugere que uma “internet de luz” controla o funcionamento do corpo através de algo chamado super-radiância (luz coerente) que flui pelos microtúbulos e dendritos. Tal “internet administrativa” seria um dos mecanismos de complexificação: quanto maior a coerência da super-radiância, mais sofisticado o organismo.
Utilizando esses mecanismos, como evoluímos? Como é a vitória que cria um corpo mais sofisticado para decodificar o cosmos alcançado? O Buda ensinou que o primeiro passo é parar de reprimir as partes inaceitáveis de nós mesmos, os ganchos para qualidades negativas como ganância, luxúria, gula, que sequestram nossas vidas e revertem o processo evolutivo. Ao invés disso, devemos dominar nossas energias interiores, especificamente pelo controle da nossa atenção. A neurociência mostra, através do elixir da neuroplasticidade, que prestar atenção é quase mágico em seu poder para alterar o cérebro e ampliar os circuitos funcionais. Meditação, é o treinamento sistemático em prestar atenção.
Nos Vedas, antigos textos indianos, essas energias interiores são vistas operando através de vórtices, chamados chakras. Quanto maior o domínio de alguém, mais rápido girarão os vórtices e mais coerente (organizado) a luz emanada através deles. A teoria do biofóton nos permite um vislumbre das consequências. O Buda ensinou que devemos fazer girar os vórtices, o que não significa “girar a roda”, mas alcançar um equilíbrio dinâmico entre a verdade, justiça e amor, que ele chamou de dharma. Manifestando a luz  de coerência crescente culmina em uma pessoa se tornar um chakravartin, aquele que atinge o domínio pleno das energias humanas. O resultado de tal realização é a evolução de um corpo que é capaz de perceber frequências mais altas e decodificar mais dos vários canais de TV de criação que agora estamos começando a descobrir.

Olhando o Quadro Maior

Então, porque o casal desejou ter permanecido no ônibus? Foi este um desejo de morte ou “culpa de sobrevivente”? Ambas as respostas estão confinadas a uma visão menor, como o imperativo noético de ontem. Qual é a imagem vista em sua totalidade?
Se o casal não tivesse parado o ônibus para descer, o ônibus teria passado pela pedra antes que ela descesse, e todos teriam sobrevivido.
O novo imperativo noético leva em conta o quadro maior ao reavaliar os dados estranhos ao (e portanto rejeitados pelo) imperativo noético de ontem. Também podemos verificar se aqueles com a “autoridade” para avaliar tais dados estão fazendo julgamentos válidos. Eles estão rejeitando os dados porque não são válidos ou simplesmente porque ameaçam a sua segurança psicológica, desafiando os seus imperativos noéticos internalizados? Isso foi o que a Igreja fez com o trabalho de Galileu, o que os cientistas fizeram com a formulação de Boltzmann do átomo, e que representa a politização atual de mudança climática. Dados que são ininteligíveis em um imperativo noético podem ser perfeitamente óbvios em outro.
Hoje, a pesquisa científica está pintando um quadro maior de como as coisas funcionam, criando um novo imperativo noético em que tudo está vivo e vibrante. Tal como acontece com o casal e o ônibus, será que realmente temos que esperar que establishment científico de hoje morra antes que possamos reivindicar a nova história de amanhã?

(Cientistas do Cern preveem descobertas sobre universo paralelo)

Operações do Grande Colisor de Hadrons podem mudar completamente o modo como se enxerga o funcionamento do universo

Os físicos que investigam a origem do universo esperam ter, no ano que vem, as primeiras provas da existência de conceitos caros aos escritores de ficção científica, como mundos ocultos e dimensões extras.
À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, opera com uma força maior, eles falam cada vez mais sobre uma “Nova Física” no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento.
“Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras…Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos.”

Cientista analisa colisão de partículas no Cern, na fronteira entre França e Suíça
Cientista analisa colisão de partículas no Cern, na fronteira entre França e Suíça
Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês.
Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os “extra bits do universo” – se é que eles existem como o previsto – poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos.
O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de 10 bilhões de dólares, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas.
Colisão de prótons
Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 quilômetros a uma taxa de 5 milhões por segundo – duas semanas antes da data prevista para esse número.
No ano que vem, as colisões ocorrerão – se tudo continuar seguindo bem – a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de “femtobarn inverso”, mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas.
As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o “Big Bang” primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém.
Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4 por cento do universo é conhecido – porque o restante é formado pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (porque são invisíveis).
Fonte: Último Segundo/Reuters
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Nova teoria afirma que Amazônia pré-colombiana foi populosa

Estima-se que a população amazônica pode ter chegado a 20 milhões de pessoas no período antes do descobrimento

Esqueça a ideia de índios nômades percorrendo uma floresta praticamente inabitada. A Amazônia pré-colombiana era amplamente habitada, com aldeias muitas vezes mais populosas que as europeias. Havia enorme diversidade cultural e grandes redes de relações entre aldeias próximas aos rios Tapajós, Madeira, Solimões, por exemplo.
Este é o cenário – muito diferente do que foi pintado nos livros de história – que um grupo de arqueólogos de diversos países está conseguindo comprovar a partir de evidências em escavações e estudos na região. Fala-se em mais de 20 milhões de índios habitando a Amazônia antes da chegada de portugueses e espanhóis, (atualmente a população indígena do país é 460 mil pessoas) e que descarta a ideia tradicional de que se tratava de uma região virgem e inabitada.
Também era algo muito diferente do mito do Eldorado com suas cidades feitas de ouro que atraiam o descobridor ibérico. “Este era o modo de entender do colonizador. O que estamos fazendo é contar a história a partir da ótica do índio”, disse a pesquisadora da Universidade Estadual do Amazonas, Helena Lima. “O que sabemos é que estas populações eram muito mais complexas e numerosas e usavam técnicas de manejo bem sofisticadas”, completa.

Gravura do século 18 mostra as diferentes tribos que habitavam o continente americano
Gravura do século 18 mostra as diferentes tribos que habitavam o continente americano
Eduardo Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP e coordenador do projeto Amazônia Central, faz uma estimativa mais modesta: cerca de 5,5 milhões de pessoas vivendo na Amazônia pré-colombiana. “Antigamente falava-se em Amazônia como uma coisa só, mas o que vemos aqui é uma variabilidade cultural incrível, tanto de língua quanto de organização política e das aldeias”
tribo
Vista aérea de aldeia no Pará: região pode ter sido muito mais populosa do que se imaginava anteriormente
Atualmente a densidade demográfica na região amazônica é de uma a duas pessoas por quilômetros quadrados, sendo concentrada em poucas cidades como Iquitos (Peru), Manaus e Belém. O pesquisador colombiano Augusto Oyuela-Caycedo, professor da Universidade da Flórida, diz que antes da chegada dos europeus “provavelmente a população era de três a cinco pessoas por quilômetros quadrado, com povoados com não mais que cinco mil pessoas cada”.
Michael Heckenberger, também do departamento de Antropologia da Universidade da Florida, pesquisou áreas do Alto Xingu e fez uma estimativa de que viviam 50 mil índios em uma área de 20 mil quilômetros quadrados. “Isto consiste em uma população maior que de países da Europa de hoje”, disse.
De acordo com os estudos, as vilas do Alto Xingu eram 10 ou 15 vezes maiores do que as que existem hoje na região. A organização das vilas era composta por uma praça central e circular rodeada por tabas. “As casas formavam um anel perfeito ao longo da periferia da praça e eram cercadas por valetas com 2 quilômetros de comprimento”. De acordo com Heckenberger, no Alto Xingu, onde hoje há uma aldeia, existiam 12.
Em outras regiões do amazonas a configurações das aldeias eram diferentes, com aldeias lineares, voltadas para os rios. “Em relação à organização, elas não eram tribos, mas sociedades em estado incipiente, as evidências arqueológicas indicam um estado expansionista”, disse Oyuela.
Manejo da terra
Uma das provas destas grandes aglomerações e do desenvolvimento da civilização é a terra preta – mudanças na estrutura do solo que permitiam o cultivo. Os estudos mostraram que as plantações eram feitas em pequenas quantidades de terra, cercadas por grandes extensões de florestas. Helena explica que já naquela época se adicionava matéria orgânica e carvão queimado a altas temperaturas para melhorar a qualidade do solo amazônico.
Ela afirma que as grandes populações estavam concentradas na foz dos grandes rios. “Embora sejam exatamente estas as áreas que são mais estudadas”, diz. Nestas regiões observou-se a ocorrência da terra preta.
“Por muitos anos se pensou que a terra preta era resultado de fenômenos naturais como cinzas vulcânicas. A resistência à idéia de que a terra preta foi causada por seres humanos vêm de uma teoria de que a Amazônia era largamente inóspita para o desenvolvimento das sociedades humanas complexas com grandes aldeias”, diz Oyuela, que encontrou terra preta no Alto do Solimões, em 2005, próximo a cidade de Iquitos. A região chamada de Quistococha foi uma grande aldeia que ocupava até 20 hectares até o ano 900 a.D.
Helena afirma que mais de 90% das áreas habitadas hoje na região amazônica, está sobre sítios arqueológicos e as datações são de pelo menos 2 mil anos atrás. Segundo a pesquisadora, em regiões como o alto madeira há datações de terra preta de quatro mil anos atrás, no Médio Amazonas foram encontradas cerâmica e evidências de ocupações agrícola de mais dois mil anos e indícios de cultura nômade de oito mil anos atrás.
Práticas ambientais
Os pesquisadores concordam que os estudos da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Europa e EUA, mostram a importância da aprendizagem das práticas do passado dos povos indígenas na gestão da floresta para a produção de alimentos, remédios, madeira.“Os povos indígena têm sido bem sucedidos na administração da floresta e criou a maravilha que chamamos de Amazônia. É por isso que é importante aprender e aplicar as lições positivas destas civilizações, que foram negadas pela história ocidental, a mesma que nos colocou na crise climática e ecológica que temos atualmente”, conclui Oyuela.
Fonte: Último Segundo/Maria Fernanda Ziegler
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Após restauração, modelo antigo da Bíblia está na internet

Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet. Os visitantes poderão ver imagens de mais de metade do manuscrito Codex Sinaiticus, escrito em grego em folhas de pergaminho no século 4.
O projeto envolveu especialistas da Grã-Bretanha, Alemanha, Egito e Rússia, e, segundo eles, apresenta muitas possibilidades de pesquisa no futuro.
“O Codex Sinaiticus é um dos maiores tesouros escritos do mundo”, afirmou Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais da Biblioteca Britânica, em Londres.
Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet
Cerca de 800 páginas do exemplar mais antigo da Bíblia foram restauradas e estão disponíveis para consulta na internet
Ar do deserto
“Este manuscrito de 1,6 mil anos é uma janela para se entender o desenvolvimento do início do Cristianismo, e se trata de uma evidência em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração a geração”, disse McKendrick.
“A disponibilidade do manuscrito virtual para estudiosos de todo o mundo cria oportunidades para trabalhos de pesquisa conjuntos que não seriam possíveis até o momento.”
Segundo o especialista, a versão original do Codex Sinaiticus continha cerca de 1.460 páginas – cada uma medindo 40 cm por 35 cm.
Por 1,5 mil anos, o manuscrito ficou preservado em um mosteiro na Península do Sinai, no Egito. Em 1844, ele foi encontrado e dividido entre Egito, Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha.
Acredita-se que o documento resistiu ao tempo porque o ar do deserto é ideal para a conservação do pergaminho, e porque o mosteiro permaneceu intocado por todos esses anos.
Para marcar o lançamento do site www.codexsinaiticus.org, a Biblioteca Britânica está realizando uma exposição em sua sede, em Londres, que incluiu vários artefatos históricos ligados ao manuscrito.
Fonte: Terra/Reuters
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O misterioso Kaspar Hauser

No dia 26 de Maio de 1828, um adolescente apareceu nas ruas de Nuremberg, Alemanha. Ele carregava uma carta consigo que estava endereçada ao capitão do sexto regimento de cavalaria. O autor anônimo dizia que o menino havia sido dado à ele em custódia, quando criança, em 7 de Outubro de 1812, e que ele nunca o deixou  “dar um único passo fora da minha casa”. Agora o garoto gostaria de ser um soldado da cavalaria, assim o capitão deveria ou pegá-lo ou enforcá-lo. Hauser alegou que ele tinha, até onde conseguia se lembrar, passado a sua vida totalmente sozinho, em uma cela escura de 2×1×1.5 metros (um pouco mais do que o tamanho de uma cama de solteiro, em área), com somente uma cama de palha e um cavalo esculpido em madeira como brinquedo. Hauser alegou que o primeiro ser humano que ele alguma vez teve contato era um homem misterioso, que o havia visitado não muito antes de sua libertação, sempre tomando muito cuidado para não revelar sua face a ele. De acordo com rumores contemporâneos – provavelmente correntes no máximo no início de 1829 – Kaspar Hauser era o príncipe hereditário de Baden, que nasceu em 29 de Setembro de 1812 e que morreu em um mês. Foi alegado que este príncipe foi trocado por um bebê morrendo, e que realmente havia aparecido 16 anos depois como “Kaspar Hauser”, em Nuremberg. Hauser morreu depois de ter sido ferido por uma punhalada no peito, possivelmente auto-inflingida. Ele alegou ter sido esfaqueado pelo homem que o manteve quando criança.

Em 2002, a Universidade de Münster analisou cabelo e células do corpo a partir de mechas de cabelo e ítens de vestuário que diziam ser de Kaspar Hauser. As amostras de DNA foram comparadas com o segmento de DNA de Astrid von Medinger, uma descendente da linha feminina de Stéphanie de Beauharnais, que teria sido a mãe de Kaspar Hauser se de fato ele era o príncipe hereditário de Baden. As seqüências não eram idênticas, mas o desvio observado não era grande o suficiente para excluir um relacionamento, pois poderia ter sido causado por uma mutação.

fonte: inconsciente coletivo.net
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oak sland

A descoberta

No verão de 1795, Daniel McGinnis, ainda adolescente, perambulava na ilha de Oak Island, Nova Escócia, Canadá, quando cruzou com uma curiosa depressão circular no solo. Sobre a depressão estava uma árvore e em um de seus galhos encontrava-se dependurada uma polia de navio. Tendo ouvido falar dos contos de piratas naquela região, decidiu voltar para casa e retornar para investigar o buraco.

Nos muitos dias que se seguiram, McGinnis, com seus amigos John Smith e Anthony Vaughan, trabalharam no buraco. E o que descobriram os deixaram atônitos. Dois pés abaixo da superfície, havia uma camada de cascalhos cobrindo o poço a 3 metros, encontraram uma camada de tábuas de carvalho (madeira típica da Europa). Depois de 6 ou 9 pés mais a fundo, encontraram mais tábuas. Não podendo continuar sozinhos, voltam para casa, mas com planos de retornar suas escavações.


Perfil das escavações.


 A primeira tentativa

Levou-se 8 anos para que os três descobridores retornassem, mas eles retornaram com a The Oslow Company, fundada com o propósito da busca. Começaram novamente a escavar, e rapidamente voltaram aos 9 metros no qual alcançaram oito anos atrás.

Continuaram descendo para 27 metros encontrando uma camada de cascalho a cada intervalo de 3 metros. Mesmo com as camadas, aos 12 metros uma camada de carvão foi encontrada. Aos 15 metros uma camada de piche, e a 18 metros uma camada de fibras de coco.

A 27 metros escavados, a mais intrigante prova de que alguma coisa estava enterrada ali fora encontrada: uma pedra com inscrições em uma alfabeto misterioso.

Uma das possíveis traduções seria: "Quarenta pés abaixo, dois milhões estão enterrados."

Depois de tirar mais uma camada de tábuas de madeira a 27 metros de profundidade, continuaram a escavar. Então a água começou a inundar o poço. No dia seguinte o poço estava cheio até o nível de 10 metros.

Bombear não funcionava, então no ano seguinte, um novo poço foi cavado 30 metros mais abaixo. Desta forma o túnel passava por cima do já batizado "Poço do dinheiro". Porém, mais uma vez a água inundou, desta vez o recente poço escavado, e a busca foi abandonada por 45 anos.

A armadilha

Uma engenhosa armadilha fora, então, descoberta e surpreendeu a todos. The Oslow Company, inadvertidamente, rompeu um canal d'água de 152 metros, que fora cavado perto da "Smith's Cove" (cova do Ferreiro) pelos construtores do poço. Tão rápido a água era bombeada, o buraco era novamente preenchido pelo mar.

Essa fora a descoberta de uma pequena parte do intrincado plano dos construtores desconhecidos do poço para manter as pessoas longe de seu conteúdo.

A segunda tentativa

Em 1849 a próxima companhia a tentar extrair o tesouro: The Truro Company, foi fundada, e a busca retorna. Rapidamente cavaram 26 metros somente para ser inundado. Decidiram tentar descobrir o que há no fundo do poço antes de tentar extraí-lo, a Truro usou brocas. E os resultados foram encorajadores.

Aos 29 metros a broca atravessou uma plataforma abetos. Então encontraram 14cm de cascalho e 77cm de algo caracterizado como "pedaços de metal". Depois, 2 metros de carvalho, mais 77cm de cascalho, 14cm de carvalho e outra camada de abetos. A conclusão foi logo tirada: teriam perfurado 2 urnas cheias de moedas. Quando puxaram a broca, encontraram pedaços de carvalho e cascas do que parecia ser de coco.

Numa das perfurações, três elos de ouro foram trazidos pela broca.

Foi descoberto que os idealizadores do poço criaram um sistema de drenagem espalhado por 44 metros de distância da praia. Cada uma assemelha-se um dedo da mão. Cada dedo era um canal cavado no barro abaixo da praia alinhando as rochas. O canal no qual preencheram com muitos centímetros de plantas marinha, e depois muitos centímetros de fibras de coco. O efeito disso é um sistema de filtragem que mantinham os canais limpos de areia enquanto a água podia passar por elas. Os dedos se encontravam no "Poço do Dinheiro" a 152 metros de distância. Mais tarde, investigações mostraram que os canais subterrâneos encontravam o "Poço do Dinheiro" entre a profundidade de 33 metros.

Para a Truro Company, a resposta agora era simples: é só bloquear a água que vem da praia e cavar o "tesouro". Sua primeira tentativa foi construir uma represa fora da praia no Smith's Cova, drenar a água, e depois desmantelar os canais de drenagem. Infelizmente uma tempestade assoprou e destruiu a represa antes de estar pronta.

A terceira tentativa

A próxima tentativa de assegurar o tesouro do poço foi feita em 1861 pela Oak Island Association. Primeiro eles limparam o "Poço do Dinheiro" até 26 metros. Depois fizeram um novo buraco a leste do poço com o intuito de interceder o canal do mar. Um novo buraco foi cavado 36 metros sem tocar em nenhum dos canais do mar e depois abandonado.

Um segundo buraco foi feito, a oeste e a 36 metros de profundidade. Eles então queriam fazer um túnel sobre o "Poço do Dinheiro". Mais uma vez a água começou a entrar no poço, bem como no "Poço do Dinheiro". Logo após um verdadeiro desastre: o fundo do poço caiu!

Esse desastre comprovaria que havia alguma saliência no fundo da ilha, e encorajou os caçadores futuros.

Por muitos anos companhias diferentes tentaram vencer o mistério sem sucesso.
[editar] Os Poços Internos

Em 1893 um homem chamado Fred Blair, com um grupo chamado The Oak Island Treasure Company começaram suas buscas ao "tesouro". Sua primeira tarefa foi investigar os "poços internos".

Descobertos em 1978, a aproximadamente 106 metros a leste do Poço do Dinheiro, os "poços internos" aparentam ser buracos escavados pelos idealizadores do Poço do Dinheiro. Talvez buracos de ventilação para a escavação do túnel de inundação, aparentemente interceptando ou passando perto ao túnel de inundação. Em 1897 limparam o Poço do Dinheiro até 33 metros por onde viram a entrada do túnel de inundação, temporariamente fechado com rochas. Porém, a água encontrou seu caminho e inundou o poço de novo.

A Treasure Company decidiu que só conseguiriam vencer, selando a água da Smith's Cove dinamitando o túnel de inundação. Cinco cargas forma justadas em buracos perfurados perto do túnel de inundação. Não funcionou: a água jorrou mais forte do que nunca! Ao mesmo tempo, uma nova amostra foi perfurada com uma sonda no próprio poço. Os resultados foram surpreendentes.

O domo de concreto

A 38 metros, bateram em madeira de depois ferro. Esse material é provavelmente parte do material que caiu do poço quando ele se rompeu. Em outras perfurações foi encontrada madeira, porém o ferro já não era mais encontrado, indicando que o material, talvez por mera coincidência repousa devido à queda.

Entre 39 e 46 metros e também 48 e 52 metros uma argila azul foi encontrada, que consistia de barro, areia e argila. Esta argila poderia ser usada pra formar uma vedação como o piche que foi encontrado no nível de 15 metros.

A maioria dos achados foi no hiato entre a camada de piche e a superfície. Um domo de concreto foi descoberto. O domo era de 2 metros de altura e 24cm de espessura. Dentro do domo a sonda encontrou madeira, e após muitos centímetros, uma substância desconhecida. Depois uma camada mole de metal foi encontrada.

Quando a sonda foi trazida outra peça foi unida ao quebra-cabeça: Fora encontrado um pedaço de pele de carneiro curtido com as letras "VI";"UI" ou "WI". Do que o pedaço de pele faz parte, deram as teorias sobre os manuscritos originais de Shakespeare.

The Treasure Company começou a perfurar mais buracos com intenção de resgatar o domo de cimento. Mas todos falharam com a inundação.

 O segundo túnel de inundação

Em maio de 1899, ainda uma nova e radiante descoberta foi feita: havia um segundo túnel de inundação!

Este era localizado na "South Sore Cove" (cova da Margem Sul). Os idealizadores eram ainda mais engenhosos e fizeram mais trabalho que previamente se achava. Este caso fortaleceu a idéia de que algo foi enterrado ali embaixo e quem enterrou não queria que ninguém chegasse perto do tesouro.

Blair e The Oak Island Treasure Company continuaram cavando novos buracos, perfurando e achando mais amostras, mas nenhum progresso foi feito e nenhuma informação obtida.

Entre 1900 e 1936 muitas tentativas foram feitas para obter o tesouro, todas sem sucesso.

 Os Fragmentos de Pedra

Em 1936, Gilbert Hadden, em conjunção com Fred Blair, começaram uma nova investigação na ilha. Hadden limpou alguns buracos que cercaram o poço e fez planos de perfuração exploratórias no próximo verão. Porém, ele fez duas descobertas fora do poço.

Na primeira foram fragmentos de pedra aparecendo inscrições similares àquelas encontradas ao nível de 27 metros. A segunda descoberta foi toras antigas na Smith's Cove. Essas toras parecem ser dos antigos idealizadores devido o fato de que usava pinos de madeira ao invés de metal. Foi concluído de que estas toras eram apenas uma pequena parte de uma construção maior.
[editar] Descobertas recentes

Daniel Blankenship começou suas buscas em 1965. Em 1966 ele cavou mais do buraco achado por Dunfield em 1965. Ele ultrapassou os 13 metros originais. Blankenship encontrou uma porção de pregos e um lavatório. A 18 metros ele encontrou uma camada de rochas e água estagnada. Ele presumiu que era parte do túnel d'água, mas não pode explorar, pois não parava de jorrar água.

Uma tesoura foi encontrada em 1967. Foi determinado que a tesoura era hispano-americana, provavelmente no México e que possuía cerca de 300 anos de idade. Também foi encontrada uma pedra em forma de coração, muito parecida com uma outra encontrada num tesouro pirata no Taiti.

A Smith's Cove revelou mais segredos em 1970 para a Triton Alliance, um grupo formado por Blankenship para continuar as buscas. Enquanto a Triton foi construída, novos túmulos foram encontrados. As descobertas incluem muitas tábuas de madeira, de 60cm de espessura, e a 19 metros de comprimento. Os idealizadores originais marcaram cada 1 metro com algarismos romanos. Em algumas tábuas havia pinos de madeira ou pregos. A madeira foi datada pelo carbono com 250 anos.

O lado ocidental da ilha revelou muitas coisas: duas estruturas de madeira com pregos rústicos e cintas de metal. Três metros abaixo encontraram um par de sapatos de couro.

 Borehole 10-X

A maior descoberta foi em 1976, quando a Triton cavou algo que hoje é conhecido como Borehole 10-X (escavação 10-X). Um tubo de metal de 72 metros afundado 55 metros a nordeste do Poço do dinheiro. Durante a escavação, muitas cavidades artificiais foram encontradas a 72 metros.

Foi posta uma câmera nesta cavidade e ela retornou com cenas intrigantes: primeiro, uma mão decepada flutuando na água; depois, 3 arcas do tipo de tesouros e várias ferramentas; finalmente um corpo humano foi detectado. Depois de ver as imagens, a decisão foi mandar mergulhadores para averiguar.

Muitas tentativas foram feitas, mas as fortes correntes e pouca visibilidade deixaram impossíveis quaisquer atividades.

Após estas descobertas, houve um colapso nas paredes do buraco e ele nunca mais foi reaberto.


 Ilha a venda

Em 2 de Janeiro de 2006, Após 40 anos de sonhos frustrados, Dan Blankenship e David Tobias decidem fechar seus negócios e estão pondo a ilha a venda
.

fonte: wikpédia

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