origem do dia das crianças no Brasil
terça-feira, 11 de outubro de 2011
O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.
Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.
Em outros países
Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!
Dia Universal da Criança
Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.
Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.
Em outros países
Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!
Dia Universal da Criança
Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.
Postado por Marcos Moretti às 12:53 0 comentários
AS BACIAS HIDROGRÁFICAS EM SERGIPE
No Estado de Sergipe existem 06 (seis) Bacias Hidrográficas, que são as bacias do rio São Francisco, Vaza Barris, Real, Japaratuba, Sergipe e Piauí. Os rios: São Francisco, Vaza Barris e Real são rios federais por que atravessam mais de um Estado. Enquanto os rios Japaratuba, Sergipe e Piauí são rios Estaduais, pois suas bacias estão dentro do Estado de Sergipe.
Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba
A Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba possui uma área geográfica de 1 734,59km2, equivalentes a 7,65% do território estadual e abrange 20 municípios, onde estão totalmente inseridos terras de três municípios: Carmópolis, Cumbe e General Maynard e parcialmente dezessete municípios: Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Capela, Divina Pastora, Feira Nova, Graccho Cardoso, Japoatã, Japaratuba, Maruim, Malhada dos Bois, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Pirambu, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Francisco e Siriri, localizados na sua maioria na região Vale do Cotinguiba, com uma população urbana com 122.879 habitantes e na área rural com 79.052 habitantes.
A bacia hidrográfica do rio Japaratuba tem sua nascente na Serra da Boa Vista na divisa entre os municípios de Feira Nova e Graccho Cardoso e deságua no Oceano Atlântico, no município de Pirambu. No seu percurso o rio Japaratuba possui planície aluvial muito larga, principalmente nos municípios de Capela e Japaratuba, onde se desenvolve o cultivo da cana-de-açúcar.
A bacia hidrográfica do rio Japaratuba é constituída pelo rio que lhe empresta o nome e tem como principais afluentes: o rio japaratuba mirim, lagartixo, siriri, cancelo e riacho do Prata.
A exploração significativa em termos econômicos para a bacia hidrográfica e especialmente para o estado é o potencial mineral explorado a exemplo do: petróleo, gás natural, sal gema, potássio, calcareo, magnésio, turfa e areia, além da irrigação e expansão da cultura da cana-de-açúcar, também o turismo e lazer, pesca e abastecimento humano e animal. A exploração mineral e a expansão da cana-de-açúcar desperta certa preocupação no que se prende aos fatores de agressão ao meio ambiente, pouca são as ações incrementadas na bacia voltadas para os aspectos de preservação e conservação do ambiente.
Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe
A Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe abrange vinte e seis (26) municípios, sendo oito (08) totalmente inseridos: Laranjeiras, Malhador, Moita Bonita, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Santa Rosa de Lima, São Miguel do Aleixo e dezoito (18) parcialmente inseridos: Aracaju, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Carira, Divina Pastora, Feira Nova, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Itabaiana Itaporanga D’Ajuda, Maruim, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Ribeirópolis, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, Siriri localizados em regiões diferenciadas – semi-árido agreste e zona costeira.
A população residente no território da bacia hidrográfica compreende 1.010.523 habitantes, equivalendo a 56,6% do total do Estado. A maioria expressiva da população, 86,8%, reside em áreas urbanas, ao passo que 13,2% situam-se na zona rural, fato que comprova o acelerado processo de urbanização em curso na bacia hidrográfica, nas últimas décadas, responsável pelo grande passivo ambiental da região e uma significativa transposição de águas provenientes do Rio São Francisco.
Bacia Hidrográfica do Rio Vaza Barris
O rio Vaza Barris nasce no município de Uauá, no estado da Bahia, numa elevação de aproximadamente 500m. Seu comprimento total é de 3.300Km, dos quais apenas 152 km estão no Estado de Sergipe. A área total da bacia hidrográfica é de 17.000 km2, sua maior parte esta no Estado da Bahia, apenas 15% ou seja 2.559 km2 localiza-se no Estado de Sergipe, cobrindo 11,6% da área do Estado. Apesar de sua significativa área hidrográfica, a descarga na Bahia é intermitente e é apenas no Estado de Sergipe que o Vasa Barris se torna um rio perene.
Os tributários principais em Sergipe são os rios Salgado e Traíras, ambos desaguando no rio Vaza Barris em sua margem esquerda.
Quanto ao abastecimento urbano e grande rural, 97.3 mil m3/dia de água são desenvolvidos dentro da bacia, principalmente pelo Projeto da Barragem do Vaza Barris. Desta fonte hídrica, 20.0 mil m3/dia (21%) de água é fornecida à própria bacia e 77.3 m3/dia (79%) a outras bacias. A água consumida na bacia é 42% proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias.
Municípios do Estado de Sergipe inseridos na bacia hidrográfica: Carira, Frei Paulo, Pedra Mole, Pinhão, Areia Branca, Campo do Brito, Itabaiana, Macambira, São Domingos, Simão Dias, Lagarto, . Aracajú, São Cristovão, Itaporanga D’ajuda.
Bacia Hidrográfica do Rio Piauí
A Bacia Hidrográfica do Rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território estadual e abrange 15 municípios, onde estão totalmente inseridos terras de seis municípios: Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Estância, Boquim, Pedrinhas e Arauá e parcialmente nove municípios: Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Simão Dias, Tobias Barreto e Umbaúba, localizados em sua maioria na região sul do estado e com uma população de 432.000 habitantes aproximadamente.
A sua bacia hidrográfica está localizada na parte sul do estado, sendo delimitada, aproximadamente, pelas coordenadas geográficas 10°45’ e 11°30’ de latitude sul e 37°15’ e 38°00’ de longitude oeste. Limita-se ao norte com a bacia do rio Vaza Barris; a oeste com o estado da Bahia e com a bacia do rio Real; ao sul com a bacia do rio Real; e, a leste, com o Oceano Atlântico, onde tem a sua desembocadura em terras do município de Estância, no complexo hídrico denominado Barra da Estância.
O rio Piauí constitui-se como um dos mais importantes componentes da rede hidrográfica do estado de Sergipe. O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo curso d’água principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo.
Os diversos usos das águas na Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias, consumo humano e animal, pescam, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas, ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas hídricos, naturais e construídos, que possibilitam o desenvolvimento da região.
Os problemas ambientais que têm relação direta com os recursos hídricos presentes na bacia hidrográfica do rio Piauí são inerentes a quase todos os municípios brasileiro como: lixeira, esgoto a céu aberto, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais, desmatamento. Esse registro identifica o tipo de relação que a sociedade estabelece com o meio ambiente. Excetuando-se os problemas relacionados com os resíduos industriais presentes nos municípios de Estância, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Salgado e Simão Dias, os demais estão presentes em todos os municípios.
Bacia Hidrográfica do Rio Real
O rio Real nasce no Estado da Bahia mas percorre até sua foz oito municípios do Estado de Sergipe: Poço Verde, Tobias Barreto, Riachão do Dantas,Cristinapólis. Itabaianinha, Tomar do Geru, Umbaúba, Indiaroba, tendo uma área de 2.568 km2 que corresponde 11,6% do Estado, sua vazão média é de 20,46 m3/seg.
O abastecimento urbano e grande rural tem 8.8 mil m3/dia de água desenvolvidos dentro da bacia, principalmente pelo projeto de elevação do dique da Barragem do Jabeberí. Desta fonte hídrica, 8.5 mil m3/dia (96%) de água são fornecidos à própria bacia e 0.4 mil m3/dia (4%) a outras bacias. A água consumida dentro da bacia é 42% proveniente da própria bacia e 58% de outras bacias hidrográficas.
fonte: comite de bacias hidrograficas
Postado por Marcos Moretti às 12:49 0 comentários
rios de sergipe.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
O rio Capivara é um rio brasileiro que banha o estado de Sergipe. Ele nasce na serra negra, no estado da Bahia, passando pelos os municípios Sergipanos de Nossa Senhora da Gloria, Monte Alegre e Porto da Folha. Onde em Porto da Folha passa pelo o perimetro urbano entre os bairro da Lagoa Salgada e Rua de Cima, até chegar à sua foz no rio São Francisco, no povoado Ilha do Ouro, municipio de Porto da Folha.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem direita.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda.
O rio banha a cidade de Maruim, localizada a 30Km da capital sergipana, Aracaju.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem direita.
O rio Jacaré, também conhecida como Vereda do Romão Gramacho, é um rio brasileiro que banha o estado da Bahia. É um rio intermitente, localizado à margem direita do rio São Francisco. Banha cidades como Morro do Chapéu e Barra do Mendes.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem direita.
A bacia do rio Japaratuba tem aproximadamente 92 km de extensão, a menor do estado de Sergipe. O rio nasce na Serra da Boa Vista, na divisa entre os municípios de Feira Nova e Graccho Cardoso, e deságua no oceano Atlântico, no município de Pirambu. O rio atravessa áreas agrícolas com cultivos de cana-de-açúcar e coco.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem direita.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda.
O rio Piauí é um rio brasileiro intermitente que banha o estado de Sergipe. É a segunda maior bacia hidrográfica do estado com 132km de extensão,nasce em Riachão do Dantas. Banha os municípios de Lagarto,Estância,Boquim e Arauá.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem direita
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda.
É um dos principais afluentes da margem direita do rio Sergipe.
O rio Real é um rio brasileiro que banha os estados da Bahia e de Sergipe, dava nome à Vila de Campos do Rio Real (atual município de Tobias Barreto) e ao município baiano de Rio Real. Nasce na Bahia.
É um dos principais afluentes do rio Sergipe, pela margem esquerda
O rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e de toda a América do Sul. Conforme estudos, sua nascente real e geográfica está localizada no município de Medeiros, Minas Gerais. Na Serra da Canastra no município de São Roque de Minas, Minas Gerais encontra-se a aproximadamente 1200 metros de altitude a errônea chamada nascente histórica, qual por muito tempo se pensou ser a nascente real. O rio também atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas, e, por fim, deságua no Oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 km² e atingindo 2 830 km de extensão. Seu nome indígena é Opará e também é carinhosamente chamado Velho Chico.
Apresenta dois estirões navegáveis: o médio, com cerca de 1.371 km de extensão, entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) / Petrolina (PE) e o baixo, com 208 km, entre Piranhas (AL) e a foz, no Oceano Atlântico.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem cinco usinas hidroelétricas.
As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia ali inserida é de apenas 37% da área total.
A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais-Bahia e a cidade de Juazeiro(BA), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.
Os aluviões recentes, os arenitos e calcários, que dominam boa parte da bacia de drenagem, funcionam como verdadeiras esponjas para reterem e liberarem as águas nos meses de estiagem, a tal ponto que, em Pirapora (MG), Januária (MG) e até mesmo em Carinhanha (BA), o mínimo se dá em setembro, dois meses após o mínimo pluvial de julho.
À medida que o São Francisco penetra na zona sertaneja semi-árida, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita, tem seu volume d'água diminuído, mas mantém-se perene, graças ao mecanismo de retroalimentação proveniente do seu alto curso e dos afluentes no centro de Minas Gerais e oeste da Bahia. Nesse trecho o período das cheias ocorre de outubro a abril, com altura máxima em março, no fim da estação chuvosa. As vazantes são observadas de maio a setembro, condicionadas à estação seca.
História
Descobrimento
Mapa da extensão total do rio São Francisco. Em seus 2.830 km o rio passa por cinco estados brasileiros.
Como escreveu Guimarães Rosa, sua história tem sido a história do sofrimento de um rio que há mais de quinhentos anos é fonte de vida e riqueza. Seu descobrimento é atribuído ao navegador florentino Américo Vespúcio, que navegou em sua foz em 1501. O nome é homenagem a São Francisco de Assis, festejado naquela data. A 4 de Outubro de 1501, uma expedição de reconhecimento descia a costa brasileira, rente ao litoral, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio e vinda do Cabo de São Roque. A região da foz era habitada pelos índios, que a chamavam Opará, que significa algo como “rio-mar”. Outra expedição, em 1503, chegou à foz, comandada por Gonçalo Coelho, outra vez com Américo Vespúcio. O rio era visitado apenas nas cercanias da foz, pois a mata, a caatinga desconhecida e as tribos ferozes impediam os brancos de penetrar na terra.[carece de fontes?]
Expedições, entradas, bandeiras
Em 1522, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, fundou a cidade de Penedo, no atual estado de Alagoas. Foi o primeiro núcleo povoador das margens, fundada a quase 40 quilômetros da costa. A localização estratégica do povoado, à porta do sertão, mereceu também atenção dos holandeses, tanto que, mais tarde, em 1637, conseguiram nele erigir um forte.
Os franceses já frequentavam a costa, e com certeza por volta de 1526 na foz do rio São Francisco, tanto que uma pequena baía, próxima à foz, recebeu o nome de Porto dos Franceses. Nas proximidades, ocorreu o famoso naufrágio de uma nau que levava D. Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil. Escapando do naufrágio, em 1556, foi preso e devorado pelos índios Caetés que aí viviam. As tribos indígenas que ali viviam eram chamadas, pelos tupis, de tapuias pois era assim que chamavam qualquer tribo que não tivesse a mesma língua. Havia basicamente na costa do Brasil dois grupos distintos: os tupis e os gês.
A colonização do vale do médio rio se efetuou em duas épocas distintas, a segunda delas quase um século depois da outra. Os primeiros estabelecimentos no médio São Francisco iniciaram-se no extremo a jusante. Exploradores de Olinda, fundada em 1534, e de Salvador, em 1549, se aventuraram pelo vale do rio entre dificuldades imensas, dadas à agressividade da natureza e à presença de selvagens. Um dos primeiros núcleos de colonização foi estabelecido em Bom Jesus da Lapa. Uma expedição vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo Lapa. Anos depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do século, um grupo de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas fazendas de gado. No fim do século XVII a história registra a existência de uma fazenda de gado, próxima à atual cidade da Barra, o principal posto de abastecimento do médio São Francisco.
Com a autorização da Coroa portuguesa, em 1543 começou a criação de gado, atividade que marca a história do vale. A exploração se limitava ao litoral, principalmente por causa dos indígenas. Os pancararus, atikum, kimbiwa, truká, kiriri, tuxás e pancararés, são remanescentes atuais dos povos antigos. Mas lendas sobre riquezas inacreditáveis atraíam aventureiros. A cobiça, pois se pensava encontrar ouro e pedras preciosas, acabou fazendo com que se aventurassem. Corriam, sobretudo em Porto Seguro, informações delirantes sobre tribos que se enfeitavam com ouro, pedras verdes, cristalinos diamantes. Por ordem do rei D. João III, o governador-geral Tomé de Sousa determinou a exploração do rio, em 1553, a Francisco Bruza de Espinosa, que formou a primeira entrada de penetração, levando um jesuíta basco, João de Azpilcueta Navarro. O roteiro dessa viagem e uma carta do padre são os primeiros documentos que descrevem o rio São Francisco. Não se acharam, porém, as sonhadas minas de ouro e prata como havia nas terras espanholas do Alto Peru.
Duarte Coelho Pereira, governador, organizou uma expedição cujos navios entraram pela foz, tendo lutado contra os franceses ali encontrados, que faziam escambo com os indígenas, e os expulsou. Nessa oportunidade, navegou poucas léguas rio acima. Em 1560, um filho de Duarte Coelho, Duarte Coelho de Albuquerque, o segundo donatário de Pernambuco, com Jorge, seu irmão, lutou cinco anos contra os caetés.
Em 1561, o rio foi visitado pela expedição de Vasco Rodrigues de Sousa e, em 1575, na entrada denominada de "Mata-Negro". Marco de Azevedo viajou ao interior com um grupo, em 1577. Sabe-se, também, que em 1583 João Coelho de Sousa penetrou o sertão e chegou ao rio.
Em 1587, o governador Luís de Brito determinou a exploração do rio São Francisco e entregou a responsabilidade a Sebastião Álvares, numa iniciativa fracassada. Gaspar Dias de Ataíde e Francisco Caldas viram uma sua expedição dizimada em 1588. Em 1590, Cristóvão de Barros entrou pela região que hoje é o estado de Sergipe, até o baixo São Francisco, estabelecendo um caminho que serviria aos colonizadores e como defesa contra os franceses.
Em 1595, um descendente de Caramuru, Melchior Dias Moreira, de acordo com carta escrita ao Conde de Sabugosa, teria penetrado e ultrapassado o rio São Francisco. Guiados pela cobiça, os colonizadores foram dizimando os índios, que fugiam para o planalto central. Assim, ergueram-se os primeiros e pequenos arraiais, iniciando o domínio da região, onde o ouro e as pedras preciosas.
A alcunha «rio da integração nacional» se deve às entradas e bandeiras que nos séculos XVII e XVIII usaram-no como rota para penetrar no interior. Seu outro nome, «rio dos Currais» se deve por ter servido de trilha para fazer descer o gado do Nordeste até a região das Minas Gerais, sobretudo, no início do século XVIII, quando se achava ali o ouro que fez afluir milhões de pessoas à terra e fazendo, assim, a fortuna de muita gente e, afinal, integrando a região Nordeste às regiões Leste, Centro-Oeste e Sudeste.
Em 1675, jazidas de ouro são encontradas em afluentes do São Francisco pela bandeira de Lourenço de Castanho que massacrou os cataguases da região. Entre as dezenas de expedições dos bandeirantes que palmilharam o São Francisco contam-se Matias Cardoso, Domingos Jorge Velho, Domingos Sertão, Borba Gato e Domingos Mafrense - este último subiu alguns afluentes, chegando às nascentes do rio Parnaíba. Em sua homenagem, há uma cidade chamada Vila Mafrense, no município de Paulistana, Piauí.
Nesta época, os reinóis enfrentavam ainda a resistência de escravos fugitivos. Os quilombos formavam uma verdadeira república negra que desafiou por muito tempo o domínio da Coroa. Em 20 de dezembro de 1695, uma tropa mercenária, contratada por Portugal e os usineiros de açúcar da capitania de Pernambuco, destruiu o último foco da resistência armada dos escravos, ligadas ao famoso Quilombo dos Palmares.
O Ciclo do ouro começou realmente com a bandeira de Fernão Dias Paes Leme, nas últimas décadas do século XVII. O rio das Velhas e o rio São Francisco formavam o caminho natural para o litoral e para o Reino. São Francisco acima subiam as mercadorias necessárias às minerações e fazendas, os barcos que regressavam traziam ouro. Logo se formaram quadrilhas de assaltantes nas estradas e, principalmente, no rio. Para combatê-las, as autoridades designaram bandeirantes como Matias Cardoso de Almeida, seu filho Januário Cardoso e Domingos do Prado Oliveira. Como muitas quadrilhas se refugiavam nas aldeias indígenas, o fato serviu de pretexto a expedições genocidas, como a que Januário Cardoso e o português Manuel Pires Maciel Parente comandaram, destruindo a da maior aldeia indígena daquela região - Itapiraçaba, dos índios caiapós. Também no século seguinte o bando de Domingos do Prado Oliveira destroçou a grande aldeia dos Guaiabas, na ilha fronteira a São Romão, pavoroso genocídio no início do século XVIII. Este bandeirante e sua gente tinham como base o povoado de Pedras de Cima, depois denominado Pedras dos Angicos.
Haveria mais de cem famílias paulistas chamado desde 1690 no chamado «distrito dos couros», que era o vale do São Francisco, com as zonas ribeirinhas dos afluentes, que teriam origem nos expedicionários bandeirantes chamados ao Norte contra os tapuias e os quilombos, que como Borba Gato se dedicam inicialmente ao gado - entre seus descendentes muitos dos contrabandistas que no século XVIII sangram os Quintos do rei, rio abaixo, de bubuia, pelos direitos que se arrogam como detentores das datas e por crescentes exações da Real Fazenda, como o quinto e as capitações. Os paulistas estarão sempre entre os fautores dos movimentos armados do início da capitania de Minas - a guerra dos Emboabas, a rebelião de Pitangui, os famigerados motins do sertão com as românticas figuras de D. Maria da Cruz e do Padre Antônio Mendes Santiago…
O sistema de sesmarias
A ocupação só ocorreu por meio do sistema de sesmarias. O rio São Francisco ocupava parte das terras atribuídas à Casa da Torre de Garcia d'Ávila e à Casa da Ponte, de Antônio Guedes de Brito. Garcia d'Ávila se apoderou de suas terras em 1573: eram mais de 70 léguas entre o rio São Francisco e o rio Parnaíba no Piauí. Historiadores dizem que, residindo na Praia do Forte, próximo a Salvador, e possuindo uma Carta de Sesmaria, pois era fidalgo, o Garcia D'Ávila avançou em direção ao São Francisco, construindo em distâncias certas um curral e uma choupana, onde deixava 20 novilhas e um touro, e, para cuidar do rebanho, um casal de escravos. Tornou-se assim o primeiro latifundiário do São Francisco. Apossou-se das terras de forma irregular, pois o capítulo 26 do Regimento trazido por Roque da Costa Barreto determinava que, não se desse a pessoa alguma tanta quantidade de terra que a não pudesse cultivar ele próprio, tirando-as a quem assim não o cumprisse. Não era bem o modo como Garcia D'Ávila ocupou o sertão.
A Casa da Ponte, entretanto, recebeu como indenização por serviços prestados e gêneros fornecidos às guerras, 960 quilômetros de margem de rio, que tinham início no Morro do Chapéu, no atual município de Jacaraci, estado da Bahia, estendendo-se até as nascentes do rio das Velhas, em Minas Gerais.
Em 1637, os holandeses invadiram o povoado de Penedo por causa de sua localização estratégica na foz do rio, onde construíram o forte Maurício, em homenagem a Maurício de Nassau. O domínio holandês permaneceu forte até 1645, quando os portugueses retomaram a região. Outro fator importante da ocupação foram as missões religiosas, iniciadas por frades capuchinhos bretões a partir de 1641. No período da ocupação holandesa, o próprio Maurício de Nassau esteve no São Francisco, tendo dominado a área alagoana, até Penedo.
No sertão do São Francisco a pessoa mais importante foi Manuel Nunes Viana, que se tornou dono da maior fortuna do São Francisco pois obteve procuração da filha do senhor da Casa da Ponte, Isabel Guedes de Brito, para administrar as terras de herança e cobrar o foro sobre a sesmaria. E de homem pobre Manuel Nunes se transformou em potentado em gado e terras, durante o ciclo do couro, no vale do São Francisco, ajudando ainda ao contrabando do ouro para o porto de Salvador e desafiando o conde de Assumar em Vila Rica…
Missões religiosas
Ajudaram a ocupação as missões, registradas na região a partir de 1641. Franciscanos capuchinhos bretões instalaram os primeiros aldeamentos. Em um relato do frade Martim de Nantes se percebe o comportamento atrabiliário da família de Garcia d'Ávila, em constantes desentendimentos com os franciscanos. Os frades reclamavam da constante interrupção das missões que geralmente instalavam nas ilhas, áreas mais férteis; ora, os vaqueiros da Casa da Torre, no período da seca, que ali dura seis meses por ano, empurravam os rebanhos para comer a lavoura dos índios, obrigando-os a buscar alimento na caça, dispersando-se na caatinga e interrompendo o trabalho de catequese.
Atritos entre missionários e os herdeiros de Garcia d'Ávila permeiam a correspondência entre os sacerdotes e seus superiores. Culminaram na reprovação da ação dos barbadinhos bretões, por parte das viúvas da Casa da Torre. E afinal, na proibição oficial de qualquer comunicação da região com a do sul. Descoberto o ouro nas terras que ficariam conhecidas como Minas, temia a corte o descaminho pelo porto de Salvador, fazendo assim escapar do controle do governo a parte de 20% (o quinto) que cobrava o rei de Portugal. Assim, a carta régia de 1701 proíbe "quaisquer comunicações daquela parte dos sertões baianos com as minas dos paulistas nos sertões mineiros", ameaçando de severas penas os infratores. O que na verdade não impediu o contrabando, mas o tornou mais difícil… O isolamento seria prejudicial pois a região estagnou por falta de contato com comunidades mais cultas. Diz Lacerda: "Atravessa a região o século XIX em melancólico torpor, apenas sacudida pela curiosidade de alguns naturalistas botânicos e geógrafos que a visitaram, e pelo estrelejar das brigas de bandos adversos, facções medievais, como guelfos e gibelinos de gibão encourado, perpetuando rixas familiares, generalizando, com encontros intermitentes, as questões domésticas dos senhores do rio.» Mas o isolamento serviu por outro lado para gerar uma sociedade muito particular, com suas lendas, mitos, folguedos, medos, suas crenças, vocabulário.
Século XVIII
O Alto São Francisco só foi colonizado a partir da descoberta do ouro, ao término do século XVII e no começo do século XVIII. A região era apenas percorrida no século XVII por exploradores, provavelmente vindos do Norte, sem qualquer povoamento. Descoberto o ouro em 1698, no sítio onde se ergue hoje Ouro Preto, o Alto São Francisco se desenvolveu em consequência da prosperidade mineira, que se expandia. Muitos paulistas se fixaram no alto São Francisco, fundando cidades que hoje têm seus nomes. A descoberta de ouro em Goiás, por volta de 1720, intensificou o povoamento. Já no Baixo São Francisco, o povoamento foi dificultado pela formação de aldeamentos de escravos fugitivos dos engenhos.
Desde o início do século XVIII o desbravamento do São Francisco era completado por gente de Salvador e Recife. Para a fixação, concorreu a descoberta de ouro em Jacobina, no médio vale, junto da cabeceira de seu o afluente o rio Salitre, e pelo povoamento do Piauí, Maranhão e Ceará. Desenvolveram-se as fazendas de criação de gado.
O alto São Francisco a essa altura, estava também povoado e era cruzado pelas rotas de penetração que se dirigiam a Goiás ao longo da qual muita gente se fixava, na exploração de diamantes e ouro ou em fazendas de pecuária. João Leite da Silva Ortiz, auxiliar de Anhanguera, que em 1722 descobriu ouro em Goiás, terminou por viver no local onde se ergue hoje Belo Horizonte, montando fazenda na serra das Congonhas.
Durante o século XVIII, as contínuas descobertas de minerais e pedras provocaram novas colonizações nas áreas montanhosas, causando no vale do rio poucas alterações. Montes Claros, na bacia do rio Verde Grande, teve início neste século como uma área agrícola, e hoje é uma das cidades mais importantes.
Século XIX
Por volta de 1800 a indústria da mineração começou a declinar, e muitas cidades e povoados diminuíram em tamanho e importância. A agricultura substituiu a mineração. Cidades nascidas da mineração, subsistem da agricultura.
Os primeiros estudos sobre o aproveitamento do potencial sócio-econômico foram realizados no século XIX. Em 1852, o engenheiro francês Emmanuel Liais foi contratado pelo Imperador Dom Pedro II para estudar o rio e as possibilidades de desenvolvimento de sua navegação. Em 1855, o alemão Henrique Halfeld, contratado pelo Império, desenvolveu estudos semelhantes. Os trabalhos de Halfeld e Liais são considerados os mais importantes do século XIX pela abrangência e pelo rigor técnico.
Transposição
A transposição do rio São Francisco se refere ao polêmico e antigo projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional". O projeto é um empreendimento do Governo Federal, sob responsabilidade do Ministério da Integração Nacional – MI. Orçado atualmente em R$ 4,5 bilhões, que prevê a construção de dois canais que totalizam 700 quilômetros de extensão. Tal projeto, teoricamente, irrigará a região nordeste e semi-árida do Brasil. A polêmica criada por esse projeto tem como base o fato de ser uma obra cara e que abrange somente 5% do território e 0,3% da população do semi-árido brasileiro e também que se a transposição for concretizada afetará intensamente o ecossistema ao redor de todo o rio São Francisco.[1] Há também o argumento de que essa transposição só vai ajudar os grandes latifundiários nordestinos pois grande parte do projeto passa por grandes fazendas e os problemas nordestinos não serão solucionados.[2] O principal argumento da polêmica dá-se sobretudo pela destinação do uso da água: os críticos do projeto alegam que a água será retirada de regiões onde a demanda por água para uso humano e dessendentação animal é maior que a demanda na região de destino e que a finalidade última da transposição é disponibilizar água para a agroindústria e a carcinicultura.
Geografia
Segundo fontes governamentais,[3] tem uma extensão de 2 830 km e uma declividade média de 8,8 cm/km. A média das vazões na foz é de 2 943 m³/s, e a velocidade média de sua corrente é de 0,8 m/s (entre Pirapora, Minas Gerais e Juazeiro, Bahia).
O rio São Francisco banha cinco estados, recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa. Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das carrancas (entidades do mal) que até hoje persistem. Os trechos navegáveis estão no seu médio e baixo cursos. O maior deles, entre Pirapora e Juazeiro - Petrolina, com 1 371 km de extensão, pode ser analisado em três subpartes, devido a algumas características distintas de seus percursos. O primeiro subtrecho, que se estende de Pirapora até a extremidade superior do reservatório de Sobradinho, próximo à cidade de Xique-Xique, tem 1.074 km de extensão. No médio São Francisco, a navegação é exercida pela FRANAVE, com frota de comboios adequada às atuais condições da via.
As principais mercadorias transportadas são cimento, sal, açúcar, arroz, soja, manufaturas, madeira e principalmente gipsita. No baixo e médio São Francisco, promove-se o transporte de turistas em embarcações equipadas com caldeiras a lenha. Atualmente o rio São Francisco está sendo transposto. O que está dividindo opiniões entre brasileiros que vivem nos estados banhados pelo rio.
- Características físicas
- Declividade Média: 8,8 cm/km
- Média das Vazões na Foz: 2.943 m³/s
- Velocidade Média de Corrente: 0,8 m/s (entre Pirapora - MG e Juazeiro - BA).
Principais afluentes
Condições pluviométricas
As condições pluviométricas, no baixo curso do São Francisco, diferem das constatadas no médio e alto cursos. No baixo vale os meses mais chuvosos são, geralmente, os de maio, junho e julho. O período de estiagem perdura de setembro a fevereiro, sendo outubro o mês menos chuvoso.
No médio e alto vales as maiores precipitações vão de novembro a março. O período menos chuvoso inicia-se em abril, estendendo-se até outubro, sendo junho, julho e agosto os meses de menores precipitações.
Importância econômica
O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso é um conjunto de usinas, localizado na cidade de Paulo Afonso, que produz 4.000 megawatts de energia, gerada a partir so desnível natural de 80 metros da cachoeira de Paulo Afonso, no rio São Francisco.
O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação de Vale do São Francisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia devido a agricultura irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas.
Hidrovia
Equivalente a distância entre Brasília (DF) e Salvador (BA), essa é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o Centro Sul e o Nordeste.
Com o seu extremo sul localizado na cidade de Pirapora (MG), a hidrovia do São Francisco é interligada por ferrovias e estradas aos mais importantes centros econômicos do Sudeste, além de fazer parte do Corredor de Exportação Centro-Leste. Ao norte, nas cidades vizinhas a Juazeiro (BA) e Petrolina(PE), a hidrovia está ligada às principais capitais do Nordeste, dada a posição geográfica destas duas cidades.
O rio São Francisco oferece condições naturais de navegação durante todo o ano, cuja profundidade varia de acordo com o regime de chuvas (calado). Seu porto mais importante é o de Pirapora (MG), interligado aos portos fluviais de Petrolina(PE) e Juazeiro(BA) e aos marítimos de Vitória(ES), Rio de Janeiro (cidade) (RJ), Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Porto de Suape (PE), através de rodovias e ferrovias.
Em grande parte do vale do São Francisco as áreas mais propícias ao aproveitamento agrícola situam-se às margens do mesmo. Por esse motivo a maior parcela da população do vale se encontra nas proximidades do rio.
A hidrovia do São Francisco, através do programa "AVANÇA BRASIL", passa por uma etapa de grandes intervenções físicas. Aliadas a isso estão as ações de operacionalidade da via.
Todas essas ações permitirão que a hidrovia do São Francisco atenda a crescente demanda de tráfego, não só na região ribeirinha, mas de todo o país, consolidando-se, assim, como um dos principais elos entre o Sudeste e o Nordeste.
Condições de navegabilidade
O rio São Francisco oferece condições naturais de navegação entre Pirapora-MG e Petrolina-PE/Juazeiro-BA, durante todo o ano, com variação de calado segundo o regime de chuvas. É navegável em seus trechos Médio e Baixo, sendo o Médio São Francisco compreendido entre Pirapora-MG e Petrolina-PE / Juazeiro-BA e o Baixo entre Piranhas-AL e a Foz. Devido as diferentes características físicas existentes ao longo da via navegável, subdivide-se o trecho Pirapora-MG a Petrolina-PE/Juazeiro-BA em 03(três) subtrechos, a saber:
Este trecho com 1.015 km de extensão, apresenta condições bastantes distintas entre o período de estiagem e o de cheia, ocorrendo variações de níveis de até 6,00 m. Na cheia o leito do rio é largo e regular, com estirões naturalmente navegáveis. No período de estiagem, a área molhada é menor, o talvegue se desenvolve entre ilhas e bancos de areia móveis ao longo do canal, que é desobstruído a medida que se torna necessário para manter a segurança da hidrovia. Há também, a existência de travessões rochosos e pedrais em alguns trechos, pedrais junto a margem e pedras isoladas no leito do rio, que são devidamente sinalizados e balizados, garantindo navegação segura. Quanto aos bancos de areia estima-se um volume anual de dragagem na ordem de 150.000m3 a 250.000m3, dependendo das condições do rio. Para todos os pedrais existentes, é feita sinalização com placas e bóias, e para alguns deles são feitos estudos quanto a possibilidade de derrocamento.
Neste trecho a navegação é feita pelo Lago de Sobradinho ao longo de 314 km, caracterizando-se como navegação lacustre com excelentes profundidades.
Trecho com 42 km de extensão e largura variando de 300 a 800m, garante calado de 2,00 m para uma vazão da Barragem de Sobradinho de 1.500m3 /seg. (A vazão defluente regularizada da U.H. de Sobradinho é de2.063m3 /seg).
- Paulo Afonso - BA a Canindé de São Francisco - SE
Trecho navegável do Cânion do São Francisco, entre o Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso e a Usina Hidrelétrica de Xingó.
Com uma extensão de 208 km, apresenta navegação turística.
FONTE: WIKPÉDIA
Postado por Marcos Moretti às 11:12 0 comentários
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